Ética interpessoal e social cultural
Resumo
A presente aula vem propor uma reflexão sobre as relações interpessoais e os valores éticos no ciberespaço, onde os sujeitos estão incorporando novas atitudes e sentimentos, mantendo na medida do possível a sua integridade, e ressignificando essas relações que se fazem nesta dimensão, baseados nos valores morais já estabelecidos na realidade concreta. Busca-se esclarecer a questão da identidade do sujeito contemporâneo em relação às diferentes concepções de identidades modernas. Ao refletir as relações interpessoais no ciberespaço faz-se necessário contextualizar a ética, a identidade e a sociabilidade, que esta aula apresenta e abre discussão, pretendendo contribuir para maior qualidade nas relações humanas no espaço virtual.
Palavras-chave - Ciberespaço– Sociabilidade- Valores éticos – Cibercultura.
Ética interpessoal e social cultura significam
Simultaneamente técnica, comportamental e ética; Gerir e monitorizar resultados quantitativos e qualitativos; Estabelecer planos de ação e desenvolvimento, programar-los e monitorizá-los; Gerir pessoas e expectativas. Orientar pessoas e resultados; Impactar e influênciar; Comunicativo, com orientação para o cliente e para resultados; Personalidade proativa e com espírito de iniciativa;
Facilidade de relacionamento interpessoal.
Ciberespaço:
Claro, não significa negar o extremo ganho em termos comunicacionais do ciberespaço. Em outras palavras, o social, a sociedade, o ciberespaço.
Sociabilidade:
“Encontro”, no caso da sociabilidade via Internet, significa o momento em que.
Palavra aportuguesada referente ao click, que é o ato de interagir.
VALORES ÉTICOS: FUNDAMENTAIS. HONESTIDADE. Significa não lesar a outrem, nem direta e nem indiretamente, seja em benefício próprio, em benefício Da.
O termo cibercultura, significa o "conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atividades.
INTRODUÇÃO
As novas tecnologias de informação e comunicação no mundo atual exigem do sujeito uma forma específica de interagir no ciberespaço. Esse novo referencial de espaço possui um tipo de sociabilidade própria, que vem provocar impactos nas relações entre os indivíduos, frente aos novos tempo e espaço, deslocando as identidades dos sujeitos e agregando valores. É importante atentar para a certeza de que esta interface nas relações contemporâneas é conseqüente de produções e ações humanas da nossa realidade concreta, imersas em códigos e redes de significados, resultantes da construção de nossa história sociocultural e pessoal de cada sujeito. Há uma nova linguagem no ciberespaço, novos parâmetros para a construção das relações interpessoais e, ainda, mudança de valores com suas ressignificações. É neste sentido que a aula vem apresentar um olhar sobre uma nova sociabilidade no espaço virtual e provocar ao aluno a uma reflexão sobre o tema..
DESENVOLVIMENTO
“Os atos comunicacionais, que ocupam dimensões expressivas e pragmáticas da experiência humana, não se constroem somente a partir de atos discursivos verbais, mas incorporam silêncios, atitudes e gestos, ações e omissões, proporcionando manifestações significativas e provocando transformações no comportamento ou forma de ver o mundo."
“As comunidades se afirmam e são possíveis na medida em que há a percepção do eu e do outro, ou seja, a percepção da identidade e da pluralidade”. Diferente das relações face a face, na realidade concreta, onde as características físicas e parte da gama simbólica da personalidade tornam-se presente. No ambiente digital as identidades são apresentadas inicialmente através da escrita, permitindo camuflar parte dos aspectos visíveis da identidade.
"Cada grande inovação em informática abriu a possibilidade de novas relações entre homens e computadores: códigos de programação cada vez mais intuitivos, comunicação em tempo real, redes, micro, novos princípios de interfaces... É porque dizem respeito aos humanos que estas viradas na história dos artefatos informáticos nos importam" (Lévy, 1993:54).
A própria identidade, atualmente, já se apresenta mais próxima da realidade concreta no ciberespaço devido às inovações tecnológicas, como câmera digital nos mais diferentes objetos e locais, facilitando a mediação interativa. É nessa interação facilitada pela tecnologia que os valores éticos e morais estão se ressignificando nas relações que se fazem no ciberespaço, surgindo uma linha tênue no limite entre a permissão e a invasão da intimidade de cada um dos agentes da comunicação.
Ética para Ferreira (1986:733) é o juízo referente à conduta humana suscetível de qualidade do ponto de vista do bem e do mal. Seria oportuna uma reflexão sobre as relações interpessoais dentro do ambiente virtual, buscando perceber e analisar as distorções de atitudes entre as identidades virtuais, apontando as nuance dos valores éticos que sejam cabíveis nas diferentes realidades: real e cibernética. Pedro Goergen (2001:58) argumenta sobre a necessidade de resgatar os valores morais de base que formam referenciais para uma sociedade, quando diz:
“Os direitos do homem, a honestidade, a tolerância, a não violência, são valores aceitos com alto grau de consensualidade. Até poderíamos acrescentar que outros valores, antes precários, tais como o direito das minorias, os direitos da mulher, o respeito pela diferença, o respeito pelo meio ambiente e outros, vem ganhando espaço. É preciso desfazer esta imagem caricatural da sociedade na qual todos os valores teriam sido precarizados.”
A (re)construção dos valores éticos, na transformação do sujeito no mundo contemporâneo, fundamenta e possibilita uma reflexão sobre esses valores que se manifestam através da utilização dos recursos da ciência e da tecnologia na vida e na natureza, e invade os espaços mais íntimos, influenciando os destinos individuais e os rumos da sociedade. Esta tomada de consciência sobre esses valores humanos vem despertar o senso crítico e reflexivo em cada um de nós, e ainda, valorar atitudes e sentimentos com o outro. O resgate e a sedimentação dos valores éticos é que irão permitir ao sujeito, identificar a pretensa manipulação midiática, desacoplados dos verdadeiros interesses dos sujeitos e da sociedade. Se não recuperarmos a dimensão do social, fundamentando na ética possível das relações humanas, estaremos deixando o barco da vida navegando a deriva.
A realidade atual nos faz acreditar na necessidade de um trabalho direcionado aos meandros das transformações dos sujeitos, pois há um constante deslocamento das identidades no mundo contemporâneo.
Essa relação interpessoal, no mundo da cultura contemporânea, parte fundamental na construção da identidade, nos leva a indagar sobre o conceito de sociabilidade, que está diretamente relacionada com a nossa própria imagem, com tudo aquilo que representamos ou deixamos transparecer às pessoas, implicando em nossas características comportamentais, de habilidades e outras possibilidades de nos relacionarmos. Representa, ainda, a nossa capacidade de solucionar problemas, de negociar, de perceber os sentimentos dos outros, de saber ouvir, enfim, tudo que nos identifica o nosso marketing pessoal.
"A sociabilidade durante o nosso século assumiu tais proporções que pode vir a ser, legitimamente, considerado fenômeno típico do nosso tempo. A dimensão privada praticamente desapareceu. Com dificuldade podemos ocultar os nossos pensamentos; mas logo que eles se transformam em ação, tornam-se propriedade dos outros e, graças à televisão, ao rádio e à imprensa, apenas em um piscar de olhos são divulgados aos quatro cantos da terra.
O ciberespaço é apresentado por Pierre Lévy (1999:195), como sendo um princípio co-presente a qualquer outro espaço e podem ser deslocados à velocidade da luz. A diferença entre os dois espaços não se deve apenas a propriedades físicas e topológicas, mas a qualidades de processos sociais que se opõem.
A tendência dos cibernautas em suas práticas interpessoais no ciberespaço é privilegiar a fluidez das narrativas e a transversalidade nas relações, sendo compreensível que novos gêneros, isto é, novas formas de agir por meio da linguagem sejam criados para o contexto virtual, uma linguagem própria da internet.
É nesse contexto que a ética e a moral assumem um papel extremamente relevante diante das relações travadas no ciberespaço, pela capacidade de formar a alteridade em cada sujeito. Todos os inseridos no espaço virtual recebem a sua chave eletrônica, o passaporte para World Wide Web, ao realizar seu primeiro cadastro de e-mail. A identidade no mundo virtual não surge do nada, é uma extensão do que somos na realidade concreta, com nossos valores, atitudes e desejos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando que os valores éticos e morais são norteados pelos fundamentos derivados das próprias relações humanas, com suas respectivas individualidades, e que devem ser respeitadas, é importante destacar que mesmo não havendo detalhamento de normativo legal, que interfira, discipline e estabeleça um comportamento “padronizado”, os próprios fundamentos da moralidade implícita aos comportamentos humanos, vêm autodisciplinar o conjunto dos valores éticos e morais que devem prevalecer também nas relações do ciberespaço. Não se pode esquecer-se das características inerentes as individualidades dos sujeitos, sob pena de se estabelecer padrões em descompasso com a própria subjetividade humana. Assim, tendo presente os aspectos vinculados a alteridade, ao senso comum e aos padrões universais de eticidade, podendo experimentar a concepção de novos paradigmas éticos e morais, sempre com o cuidado de ponderar um equilíbrio entre as bases tradicionais e seus valores, evitando-se com isso a precarização de valores que possam pretender se instalarem em novos padrões de relações.
VALORES ÉTICOS: FUNDAMENTAIS. HONESTIDADE. Significa não lesar a outrem, nem direta e nem indiretamente, seja em benefício próprio, em benefício Da.
O termo cibercultura, significa o "conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atividades.
INTRODUÇÃO
As novas tecnologias de informação e comunicação no mundo atual exigem do sujeito uma forma específica de interagir no ciberespaço. Esse novo referencial de espaço possui um tipo de sociabilidade própria, que vem provocar impactos nas relações entre os indivíduos, frente aos novos tempo e espaço, deslocando as identidades dos sujeitos e agregando valores. É importante atentar para a certeza de que esta interface nas relações contemporâneas é conseqüente de produções e ações humanas da nossa realidade concreta, imersas em códigos e redes de significados, resultantes da construção de nossa história sociocultural e pessoal de cada sujeito. Há uma nova linguagem no ciberespaço, novos parâmetros para a construção das relações interpessoais e, ainda, mudança de valores com suas ressignificações. É neste sentido que a aula vem apresentar um olhar sobre uma nova sociabilidade no espaço virtual e provocar ao aluno a uma reflexão sobre o tema..
DESENVOLVIMENTO
“Os atos comunicacionais, que ocupam dimensões expressivas e pragmáticas da experiência humana, não se constroem somente a partir de atos discursivos verbais, mas incorporam silêncios, atitudes e gestos, ações e omissões, proporcionando manifestações significativas e provocando transformações no comportamento ou forma de ver o mundo."
“As comunidades se afirmam e são possíveis na medida em que há a percepção do eu e do outro, ou seja, a percepção da identidade e da pluralidade”. Diferente das relações face a face, na realidade concreta, onde as características físicas e parte da gama simbólica da personalidade tornam-se presente. No ambiente digital as identidades são apresentadas inicialmente através da escrita, permitindo camuflar parte dos aspectos visíveis da identidade.
"Cada grande inovação em informática abriu a possibilidade de novas relações entre homens e computadores: códigos de programação cada vez mais intuitivos, comunicação em tempo real, redes, micro, novos princípios de interfaces... É porque dizem respeito aos humanos que estas viradas na história dos artefatos informáticos nos importam" (Lévy, 1993:54).
A própria identidade, atualmente, já se apresenta mais próxima da realidade concreta no ciberespaço devido às inovações tecnológicas, como câmera digital nos mais diferentes objetos e locais, facilitando a mediação interativa. É nessa interação facilitada pela tecnologia que os valores éticos e morais estão se ressignificando nas relações que se fazem no ciberespaço, surgindo uma linha tênue no limite entre a permissão e a invasão da intimidade de cada um dos agentes da comunicação.
Ética para Ferreira (1986:733) é o juízo referente à conduta humana suscetível de qualidade do ponto de vista do bem e do mal. Seria oportuna uma reflexão sobre as relações interpessoais dentro do ambiente virtual, buscando perceber e analisar as distorções de atitudes entre as identidades virtuais, apontando as nuance dos valores éticos que sejam cabíveis nas diferentes realidades: real e cibernética. Pedro Goergen (2001:58) argumenta sobre a necessidade de resgatar os valores morais de base que formam referenciais para uma sociedade, quando diz:
“Os direitos do homem, a honestidade, a tolerância, a não violência, são valores aceitos com alto grau de consensualidade. Até poderíamos acrescentar que outros valores, antes precários, tais como o direito das minorias, os direitos da mulher, o respeito pela diferença, o respeito pelo meio ambiente e outros, vem ganhando espaço. É preciso desfazer esta imagem caricatural da sociedade na qual todos os valores teriam sido precarizados.”
A (re)construção dos valores éticos, na transformação do sujeito no mundo contemporâneo, fundamenta e possibilita uma reflexão sobre esses valores que se manifestam através da utilização dos recursos da ciência e da tecnologia na vida e na natureza, e invade os espaços mais íntimos, influenciando os destinos individuais e os rumos da sociedade. Esta tomada de consciência sobre esses valores humanos vem despertar o senso crítico e reflexivo em cada um de nós, e ainda, valorar atitudes e sentimentos com o outro. O resgate e a sedimentação dos valores éticos é que irão permitir ao sujeito, identificar a pretensa manipulação midiática, desacoplados dos verdadeiros interesses dos sujeitos e da sociedade. Se não recuperarmos a dimensão do social, fundamentando na ética possível das relações humanas, estaremos deixando o barco da vida navegando a deriva.
A realidade atual nos faz acreditar na necessidade de um trabalho direcionado aos meandros das transformações dos sujeitos, pois há um constante deslocamento das identidades no mundo contemporâneo.
Essa relação interpessoal, no mundo da cultura contemporânea, parte fundamental na construção da identidade, nos leva a indagar sobre o conceito de sociabilidade, que está diretamente relacionada com a nossa própria imagem, com tudo aquilo que representamos ou deixamos transparecer às pessoas, implicando em nossas características comportamentais, de habilidades e outras possibilidades de nos relacionarmos. Representa, ainda, a nossa capacidade de solucionar problemas, de negociar, de perceber os sentimentos dos outros, de saber ouvir, enfim, tudo que nos identifica o nosso marketing pessoal.
"A sociabilidade durante o nosso século assumiu tais proporções que pode vir a ser, legitimamente, considerado fenômeno típico do nosso tempo. A dimensão privada praticamente desapareceu. Com dificuldade podemos ocultar os nossos pensamentos; mas logo que eles se transformam em ação, tornam-se propriedade dos outros e, graças à televisão, ao rádio e à imprensa, apenas em um piscar de olhos são divulgados aos quatro cantos da terra.
O ciberespaço é apresentado por Pierre Lévy (1999:195), como sendo um princípio co-presente a qualquer outro espaço e podem ser deslocados à velocidade da luz. A diferença entre os dois espaços não se deve apenas a propriedades físicas e topológicas, mas a qualidades de processos sociais que se opõem.
A tendência dos cibernautas em suas práticas interpessoais no ciberespaço é privilegiar a fluidez das narrativas e a transversalidade nas relações, sendo compreensível que novos gêneros, isto é, novas formas de agir por meio da linguagem sejam criados para o contexto virtual, uma linguagem própria da internet.
É nesse contexto que a ética e a moral assumem um papel extremamente relevante diante das relações travadas no ciberespaço, pela capacidade de formar a alteridade em cada sujeito. Todos os inseridos no espaço virtual recebem a sua chave eletrônica, o passaporte para World Wide Web, ao realizar seu primeiro cadastro de e-mail. A identidade no mundo virtual não surge do nada, é uma extensão do que somos na realidade concreta, com nossos valores, atitudes e desejos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando que os valores éticos e morais são norteados pelos fundamentos derivados das próprias relações humanas, com suas respectivas individualidades, e que devem ser respeitadas, é importante destacar que mesmo não havendo detalhamento de normativo legal, que interfira, discipline e estabeleça um comportamento “padronizado”, os próprios fundamentos da moralidade implícita aos comportamentos humanos, vêm autodisciplinar o conjunto dos valores éticos e morais que devem prevalecer também nas relações do ciberespaço. Não se pode esquecer-se das características inerentes as individualidades dos sujeitos, sob pena de se estabelecer padrões em descompasso com a própria subjetividade humana. Assim, tendo presente os aspectos vinculados a alteridade, ao senso comum e aos padrões universais de eticidade, podendo experimentar a concepção de novos paradigmas éticos e morais, sempre com o cuidado de ponderar um equilíbrio entre as bases tradicionais e seus valores, evitando-se com isso a precarização de valores que possam pretender se instalarem em novos padrões de relações.
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